domingo, 31 de agosto de 2008

Festas e comemoraçõe segunda parte

No dia 2 de fevereiro, os adeptos do candomblé homenageiam a Rainha do Mar, Iemanjá simbolizada numa sereia. A festa acontece no Rio Vermelho, quando centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Candomblé "entregam" presentes à Rainha do Mar, depositando perfumes, flores e outras oferendas em barcos que transportam os presentes ao alto mar. Algumas pessoas simplesmente jogam seus presentes ao mar. É uma grande e poderosa manifestação de fé na força da Mãe d’Água, que tem seu desdobramento profano nas barracas padronizadas, onde a crença é transformada em samba, festa que se prolonga até altas horas da noite, regada principalmente a cerveja.
Quinze dias antes do carnaval se faz a Lavagem da Igreja de Itapuã.
E em fevereiro é a vez da Lavagem da Igreja de Nossa Senhora da Luz.

Ivete Sangalo cantando num Trio Elétrico durante o Carnaval.
Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas de seus blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, do Campo Grande à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra-Ondina; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxés, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com seus possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.
Na segunda quinzena junho, ocorre a também bastante aguardada São João, que na capital tem o nome de "Arraiá da Capitá" e se concentra no Parque de Exposições, reunindo cantores de várias parte do Brasil e do estado da Bahia, barracas com comidas e bebidas típicas.
O 2 de julho é a data magna baiana, quando ocorre em Salvador e cidades do Recôncavo a festa pela independência da Bahia, que tem o Caboclo e Cabocla como ícones da participação popular na defesa do que viria a ser a nação brasileira contra o domínio português. O desfile do 2 de julho aconteceu pela primeira vez em 1824 como forma de protesto do povo baiano contra a continuidade da ordem social vigente.
Em 27 de setembro é São Cosme e São Damião, dia em que devotos fazem caruru e distribuem balas para as crianças. Esta festa, porém, se restringe basicamente ao Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, região do Centro Histórico de Salvador. Muitos adeptos do Candomblé, entretanto, fazem festas particulares em suas residências, distribuindo o tradicional caruru e balas.
De 29 de novembro a 8 de dezembro se comemora o dia da Nossa Senhora da Conceição. O ponto culminantes da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia é em frente à igreja de mesmo nome, nas imediaçoes do Elevador Lacerda. Ali são armadas barracas onde são servidas comidas e bebidas, ao som de reggaes, pagodes e sambas os mais diversos.
Em 4 de dezembro, Santa Bárbara.
Em 13 de dezembro, Santa Luzia.
Em todo sábado após o feriado de Corpus Christi, é realizada a "Marcha para Jesus", onde milhares de evangélicos se reúnem para louvar e adorar o nome de Jesus Cristo

Festas e comemorações 2{[[[[[

Feriados municipais e Festas e comemorações

São feriados municipais na cidade, segundo a lei nº 1.997, de 21 de Junho de 1967, que os fixa:
São João (24 de junho)
Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro)
Além dos outros feriados válidos para todo o Brasil e para a Bahia.

Festas e comemorações

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, onde ocorre o ritual da lavagem das escadarias.
Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes acontece em 1 de janeiro. Várias embarcações de todos os tipos velejam na Baía de Todos os Santos carregando a imagem do Bom Jesus da igreja da Conceição da Praia para a capela da Boa Viagem, num lindo desfile de fé.
De 3 a 6 de janeiro tem Reis, a Festa da Lapinha.
Na segunda quinta-feira do mês de janeiro se faz a Lavagem do Bonfim. Uma enorme procissão, em que os participantes vestem trajes brancos, em homenagem a Oxalá. A multidão parte da igreja da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim, no alto da Colina Sagrada, no bairro de mesmo nome. A cada ano aproximadamente 800 mil pessoas participam da grandiosidade desse evento religioso. Ao chegarem ao final do cortejo, baianas com suas roupas típicas despejam seus vasos com água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim e sobre as cabeças dos fiéis. É uma festa Católica, misturada com Candomblé, que tem se tornado cada vez mais profana que religiosa. Ao final da lavagem da escadaria da igreja, começa a parte mais popular da festa, com muita cerveja, pagode, reggae e comidas servidas em barracas que se espalham por quase todo o bairro do Bonfim. Durante a realização dessa festa, a Cidade Baixa fica praticamente interditada para o tráfego de veículos pelas ruas e avenidas por onde o cortejo se desloca. Apesar de não ser feriado na cidade, os estabelecimentos comerciais que ficam ao longo do percurso fecham as portas em respeito à realização da festa e por pura falta de condições de funcionarem enquanto milhares de pessoas se divertem pelas ruas.
É comemorado o dia de São Lázaro no último domingo de janeiro.
Regata de Saveiros João das Botas ocorre entre janeiro e fevereiro.

teatros


Teatros
Salvador possui vários teatros, dentre eles, se destacam:
Teatro Castro Alves (TCA)
Sala do Coro (miniteatro dentro do TCA)
Teatro IRDEB (TV Educativa)
Teatro SENAC (Pelourinho)
Teatro ICÉIA
Teatro do Museu Eugênio Teixeira Leal (Pelourinho)
Teatro da Barra
Teatro Yemanjá (Centro de Convenções)
Teatro Espaço Xisto
Teatro Maria Betânia
Teatro Jorge Amado
Teatro Diplomata
Teatro Sesi Rio Vermelho
Teatro Vila Velha
Theatro XVIII
Teatro ISBA
Teatro Santo Antônio
Teatro ACBEU
Teatro Anchieta
Teatro Nazaré
Teatro ICBA
Teatro Gamboa
Teatro Gregório de Matos
Teatro Módulo
Teatro Miguel Santana
Caixa Cultural
Cine-Teatro Casa do Comércio
Teatro Dias Gomes (Sindicato dos Comerciários)
Teatro Plataforma

Cultura


Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Salvador.

Museu da Cidade e Casa de Jorge Amado no Centro Histórico de Salvador.
A cultura desenvolvida em Salvador, primeira cidade do Brasil, e no Recôncavo da Bahia, exerceu influência decisiva em outras regiões do país, e na própria imagem que se tem do Brasil no exterior. Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem européia); do outro, o candomblé (de origem africana).
Já no século passado firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo seu ápice em Vieira.
A chegada dos africanos vindos do golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.
Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas portuguesas; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.

Parada militar em Salvador.
No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e Ministros do Gabinete Imperial.
Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendo acarajés em seus tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba de roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".
A partir da década de 20 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.
A partir da década de 30, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, perdurando até os dias atuais.

Religião

Salvador em termos de religião é conhecida por ter 365 igrejas católicas, uma para cada dia do ano[5], além de seu sincretismo religioso, onde o catolicismo convive junto ao candomblé. O número de evangélicos vem crescendo a cada ano, já respondendo por 15% da população soteropolitana. Possui ainda um percentual significante de espíritas, e de pessoas não-religiosas. É a sede da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.




Religião Porcentagem Nº de pessoas

Católicos 58,74% 1.479.101

Sem religião 18,14% 443.236

Protestantes 15,13% 324.785

Espíritas 2,53% 61.833

Etnias

Salvador é o centro da cultura afro-brasileira. A maior parte da população é negra ou parda. Segundo dados divulgados pelo PNAD de 2005 para a região metropolitana de Salvador, 54,9% da população é de cor parda, 26% preta, 18,3% branca e 0,7% amarela ou indígena[9]. Salvador é a cidade com o maior número de descendentes de africanos no mundo, seguida por Nova York, majoritariamente de origem iorubá, vindos da Nigéria, Togo, Benim e Gana.[10][5]





Habitantes Eleitorado Eleitorado (% da população)
2.892.625 1.801.559 547%8,

Vegetação


Vegetação
Existem vários tipos de vegetação na cidade. Nas praias e dunas, encontram-se coqueiros. Entre as espécies presentes em Salvador estão a pimenteira, o capim-da-areia e a grama-da-praia.

Relevo
O relevo de Salvador é acidentado e cortado por vales profundos. Conta com uma estreita faixa de planícies, que em alguns locais se alargam. A cidade está a 8 metros acima do nível do mar.

Clima


Clima

Climograma da cidade de Salvador.
Possui um clima tropical predominantemente quente, com chuvas no inverno e verão seco, chega a extremos de 16ºC no inverno[7] e a 38ºC no verão. A brisa oriunda do Oceano Atlântico deixa agradável a temperatura da cidade mesmo nos dias mais quentes.
Os bairros litorâneos, fora da Baía de Todos os Santos, como a Pituba, Praia do Flamengo, recebem fortes ventos, vindos do mar. Relevo

geografia


Salvador possui famosas praias, como as de Itapuã, dos Artistas e do Porto da Barra. As praias da cidade atraem tanto habitantes locais como turistas, principalmente devido à temperatura agradável da água. Algumas praias possuem restaurantes típicos na própria areia (barracas de praia), onde se preparam frutos do mar e bebidas diversas. Além disto, é comum encontrar tabuleiros de baianas, onde é possível provar um Acarajé.

Pelourinho


Pelourinho
Ver artigo principal: Pelourinho.

O Pelourinho em 1900.

Pelourinho.

Pelourinho.
A palavra Pelourinho, em seu sentido amplo, corresponde a uma coluna de pedra localizada normalmente ao centro de um praça, onde eram expostos e castigados criminosos[6]. No Brasil, e em especial o pelourinho de Salvador, seu uso principal era para castigar escravos através de chicotadas durante o período colonial. Com o fim da escravidão no Brasil, em 1888, este local da cidade passou atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, etc., tornando o Pelourinho em um centro cultural.
Em 1991, iniciou-se uma grande restauração do casario e houve maciço investimento estatal em segurança e financiamento na instalação de hospedarias, restaurantes, escolas de dança e outras artes, aumentando a procura do local por turistas, tanto nacionais quanto estrangeiros. Possui atualmente um lugar no Registro Histórico Nacional e é chamado de Centro Cultural do Mundo pela UNESCO.
O Pelourinho de Salvador é um local repleto de construções coloniais de diferentes tons de cor. Algumas construções são mais bonitas por fora do que por dentro, pois a obra de restauração financiada pelo Governo do Estado e organismos internacionais priorizou mais a recuperação das fachadas do que o interior do casario. Esse fato justifica-se pois muitos imóveis estavam em completo estado de ruína, o que impossibilitou a reconstrução fiel do interior dessas construções.
Muitos moradores do Centro Histórico, na sua maioria pessoas de baixa renda ou oportunistas que invadiam os prédios abandonados e ali residiam, se mantendo de pequenos serviços prestados nos arredores e de biscates, foram relocados para conjuntos habitacionais providos de toda infra-estrutura como saneamento básico, transporte e escolas, patrocinados pelo governo estadual.
Muitas das construções, no entanto, foram completamente restauradas, tanto externa quanto internamente, devido ao estado de conservação que permitiu o aproveitamento total das estruturas físicas desses imóveis.
A reforma do Centro Histórico não serviu apenas para atrair os turistas, mas também para que a UNESCO certificasse aquele sítio histórico como Patrimônio da Humanidade.
Alega-se que as obras realizadas no Pelourinho serviram apenas para atrair turistas e que os moradores de alguns prédios remanescentes e que precisam de urgente recuperação, não têm dinheiro para reformar. A informação é controversa, no entanto, já que restam poucos prédios a serem recuperados e outros reconstruídos, e que as pessoas que ainda residem nesses locais são remanejadas para áreas distantes do centro, porém com total infra-estrutura. Além disso, não se pode admitir que prédios históricos que datam da fundação da cidade do Salvador sejam ocupados de forma precária, já que todo o centro antigo da cidade é tombado pela Unesco e merece um tratamento de reforma e de manutenção constante.
Salvador faz parte da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial, por possuir o sítio Centro Histórico de Salvador como parte do Patrimônio Mundial da UNESCO

hitória


História
Ver artigo principal: História de Salvador.

Terreiro de Jesus e Igreja de São Francisco no Centro Histórico de Salvador.
A região antes mesmo de ser fundada cidade, já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em 1534, foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e sua esposa, Catarina Paraguaçu.
Em 1536, chegou na região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

Catedral

Santo Antônio Além do Carmo.

Faculdade de Medicina da Bahia.
Em 29 de Março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.
Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas. Talvez Tomé de Sousa tenha sido o primeiro visitante a apaixonar-se pelo local, como muitos após ele, pois disse ao funcionário que lhe entregou a notícia de que seu substituto estava a caminho: "Vedes isto, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia a água na boca quando cuidava em ir para Portugal; mas não sei por que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso". Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de Julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas seu filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração.
A cidade foi invadida pelos holandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açúcar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.
Em 1798, ocorreu a Revolta dos Alfaiates, na qual estavam envolvidos homens do povo como Lucas Dantas e João de Deus, e intelectuais da elite, como Cipriano Barata e outros profissionais liberais.
Em 1809, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, iniciou sua administração, a qual foi muito benéfica à cidade. Em 1812 ele inaugurou o Teatro São João, onde mais tarde Xisto Bahia cantaria suas chulas e lundus, e Castro Alves inflamaria a platéia com seus maravilhosos poemas líricos e abolicionistas. Ainda no governo do Conde dos Arcos, ocorreram os grandes deslizamentos nas Ladeiras da Gameleira, Misericórdia e Montanha.
Em 1835 ocorre a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês. Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos ministros de Gabinete no Segundo Reinado, tais como José Antônio Saraiva, José Maria da Silva Paranhos, Sousa Dantas e Zacarias de Góis. Com a proclamação da República, e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional decresce; nos últimos anos, a cidade tem atraído investimentos estrangeiros e revela crescimento em importância político-econômica.

Curiosidade


Salvador (de seu antigo nome completo São Salvador da Baía de Todos os Santos) é uma cidade brasileira, capital do estado da Bahia e primeira capital do Brasil. Seus habitantes são chamados de soteropolitanos, gentílico criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego: Soterópolis, ou seja, "cidade do Salvador", composto de Σωτήρ ("salvador") e πόλις ("cidade").
Situada na microrregião homônima, Salvador é uma metrópole nacional com quase três milhões de habitantes, e a terceira cidade mais populosa do Brasil, segundo estimativas de 2007 (depois de São Paulo e Rio de Janeiro), primeira do Nordeste e a sétima mais populosa da América Latina (superada por Cidade do México, São Paulo, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago). Sua região metropolitana, conhecida como "Grande Salvador", possui 3.677.060 habitantes[3][1] (IBGE/2007), o que a torna a segunda mais populosa do Nordeste, sexta do Brasil e 111ª do mundo.[4] É classificada pelo IBGE em comparação com à rede urbana das outras cidades brasileiras como um centro metropolitano nacional. A superfície do município de Salvador é de 706,8 km² (fonte: IBGE), e suas coordenadas, a partir do marco da fundação da cidade, no Fortaleza de Santo Antônio, são 13° sul e 38° 31' 12'' oeste. Centro econômico do estado, é porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico, tem diversas universidades e uma base naval.
A cidade de Salvador era antigamente chamada de Bahia, inclusive por moradores do próprio estado. Também já recebeu alguns epítetos, como o de "Capital da Alegria", devido a seus enormes festejos populares, como o seu carnaval, e "Roma Negra", por ser considerada a metrópole com maior percentual de negros localizada fora da África[5].

Crescimento populacional


Nos últimos anos, a população de Salvador está aumentando, mas o ritmo vem gradualmente diminuindo. Teve nas décadas de 1960 a 1991 o pico de crescimento.